História
*Pré-história
Sol sobre o Stonehenge, no Reino Unido, durante o solstício
de inverno.
Os Homo erectus e os Neanderthalis habitavam a Europa bem
antes do surgimento dos humanos modernos, os Homo sapiens. Os ossos dos
primeiros europeus foram achados em Dmanisi, Geórgia, e datados de 1,8 milhões
de anos. O primeiro aparecimento do povo anatomicamente moderno na Europa é
datado de 35 000 a.C. Evidências de assentamentos permanentes datam do 7°
milénio/milênio a.C. na Bulgária, Roménia e Grécia. O período neolítico chegou
na Europa central no 6° milénio a.C. e em partes da Europa Setentrional no 5° e
4° milénio a.C. A civilização Tripiliana (5508-2750 a.C.) foi a primeira grande
civilização da Europa e uma das primeiras do mundo; era localizada na Ucrânia
moderna e também na Moldávia e Roménia. Foi provavelmente mais antiga que os
Sumérios no Oriente Próximo, e tinha cidades com 15 000 habitantes que cobriam
450 hectares.
Começando no Neolítico, tem-se a civilização de Camunni no
Val Camonica, Itália, que deixou mais de 350 000 petróglifos, o maior sítio
arqueológico da Europa.
Também conhecido como Idade do Cobre, o Calcolítico europeu foi
um tempo de mudanças e confusão. O fato mais relevante foi à infiltração e
invasão de imensas partes do território por povos originários da Ásia Central,
considerado pelos principais historiadores como sendo os originais
indo-europeus, mas há ainda diversas teorias em debate. Outro fenómeno foi a
expansão do Megalitismo e o aparecimento da primeira significante
estratificação económica e, relacionado a isso, as primeiras monarquias
conhecidas da região dos Balcãs. A primeira civilização bem conhecida da Europa
foi as dos Minóicos da ilha de Creta e depois os Micenas em adjacentes partes
da Grécia, no começo do 2° milénio a.C.
Embora o uso do ferro fosse de conhecimento dos povos egeus
por volta de 1100 a.C., não chegou à Europa Central antes de 800 a.C., levando
ao início da Cultura de Hallstatt, uma evolução da Idade do Ferro (que até
então se encontrava na Cultura dos Campos de Urnas). Provavelmente como
subproduto desta superioridade tecnológica, pouco depois os indo-europeus
consolidam claramente suas posições na Itália e na Península Ibérica,
penetrando profundamente naquelas penínsulas (Roma foi fundada em 753 a.C.).
*Antiguidade Clássica
O Templo Grego de Apolo, em Paestum, Itália.
Os gregos e romanos deixaram um legado na Europa que é
evidente nos pensamentos, leis, mentes e línguas actuais. A Grécia Antiga foi
uma união de cidades-estado, na qual uma primitiva forma de democracia se
desenvolveu. Atenas foi sua cidade mais poderosa e desenvolvida, e um berço de
ensinamento nos tempos de Péricles. Fóruns de cidadãos aconteciam e o
policiamento do estado deu ordem ao aparecimento dos mais notáveis filósofos
clássicos, como Sócrates, Platão e Aristóteles. Como rei do Reino Grego da
Macedónia, as campanhas militares de Alexandre o Grande espalharam a cultura
helénica até às nascentes do rio Indo.
Império Romano na sua extensão máxima.
Mas a República Romana, alicerçada pela vitória sobre
Cartago nas Guerras Púnicas, estava crescendo na região. A sabedoria grega
passada às instituições romanas, assim como a própria Atenas foi absorvida sob
a bandeira do senado e do povo de Roma. Os romanos expandiram seu império desde
a Arábia até a Bretanha. Em 44 a.C. quando atingiu o seu ápice, seu líder,
Júlio César foi morto sob suspeitas de estar corrompendo a república para se
tornar um ditador. Na sucessão, Octaviano usurpou as raízes do poder e
dissolveu o senado romano. Quando proclamou o renascimento da república ele, de
facto, transferiu o poder do senado romano quando república para um império, o
Império Romano.
*Idade Média
Fronteiras da Europa em 450.
Quando o Imperador Constantino I reconquistou Roma sob a
bandeira da Cruz em 312, ele rapidamente editou o Édito de Milão em 313,
declarando legal o cristianismo no Império Romano. Além disso, Constantino I mudou
oficialmente a capital do império, Roma, para a colónia grega de Bizâncio, que
ele renomeou para Constantinopla ("Cidade de Constantino"). Em 395,
Teodósio I, que tornou o cristianismo religião oficial do Império Romano, iria
ser o último imperador a comandar o Império Romano em toda a sua unidade, sendo
depois o império dividido em duas partes: O Império Romano do Ocidente,
centrado em Ravenna, e o Império Romano do Oriente (depois referido como
Império Bizantino) centrado em Constantinopla. A parte ocidental foi
seguidamente atacada por tribos nómadas germânicas, e em 476 finalmente caiu
sob a invasão dos Hérulos comandados por Odoacro.
Papa Adriano I pede ajuda a Carlos Magno, rei dos Francos,
contra a invasão de 772.
A autoridade romana no Oeste entrou em colapso e as
províncias ocidentais logo tornaram-se pedaços de reinos germânicos.
Entretanto, a cidade de Roma, sob o comando da Igreja Católica Romana
permaneceu como um centro de ensino, e fez muito para preservar o pensamento
clássico romano na Europa Ocidental. Nesse meio-tempo, o imperador romano em
Constantinopla, Justiniano I, conseguiu com sucesso, montar toda a lei romana
no Corpus Juris Civilis (529-534). Por todo o século VI, o Império Romano do
Oriente esteve envolvido numa série de conflitos sangrentos, primeiro contra o
Império Persa dos Sassânidas, depois pelo Califado Islâmico (Dinastia Omíada).
Em 650, as províncias do Egito, Palestina e Síria foram perdidas para forças
muçulmanas.
Na Europa Ocidental, uma estrutura política surgia: no vácuo
do poder deixado pelo colapso de Roma, hierarquias locais foram construídas sob
a união das pessoas nas terras que eram trabalhadas. Dízimos eram pagos ao
senhor da terra e este senhor devia tributos ao príncipe regional. Os dízimos
eram usados para financiar o estado e as guerras. Esse foi o sistema feudal, no
qual novos príncipes e reis apareceram, no qual o maior deles foi o líder
Franco Carlos Magno. Em 800, Carlos Magno, após as suas grandes conquistas
territoriais, foi coroado Imperador dos Romanos ("Imperator
Romanorum") pelo Papa Leão III, afirmando efectivamente o seu poder na
Europa Ocidental. O reinado de Carlos Magno marcou o começo dum novo império
germânico no oeste, o Sacro Império Romano. Para além das suas fronteiras novas
forças estavam crescendo. O Principado de Kiev estava delimitando o seu
território, a Grande Morávia estava crescendo, enquanto os anglos e os saxões
estavam confirmando as suas fronteiras.
*Idade Moderna
Renascimento e Reforma
A Escola de Atenas por Rafael:. Contemporâneos, como
Michelangelo e Leonardo da Vinci (centro) são retratados como clássicos
eruditos.
O Renascimento foi um movimento cultural que afectou
profundamente a vida intelectual europeia no seu período pré-moderno. Começando
em Itália, e espalhando-se de norte a oeste, o renascimento durou
aproximadamente 250 anos e a sua influência afectou a literatura, filosofia,
arte, política, ciência, história, religião entre outros aspectos de indagação
intelectual.
O italiano Francesco Petrarca (Francesco di Petracco),
suposto primeiro legítimo humanista, escreveu na década de 1330: "Estou
vivo agora, ainda que eu prefira ter nascido noutro tempo". Ele era um
entusiasta da antiguidade romana e grega. Nos séculos XV e XVI, o contínuo
entusiasmo pela antiguidade clássica foi reforçado pela ideia de que a cultura
herdada estava se dissipando e de que havia um conjunto de ideias e atitudes
com que seria possível reconstruí-la. Matteo Palmieri escreveu em 1430: "Agora,
com certeza, todo espírito pensante deve agradecer a Deus, porque a ele foi
permitido nascer numa nova era". O Renascimento fez nascer uma nova era em
que aprender era muito importante.
Importantes precedentes políticos aconteceram neste período.
O político Nicolau Maquiavel escreveu "O Príncipe" que influenciou o
posterior absolutismo e a política pragmática. Também foram importantes os
diversos líderes que governaram estados e usaram a arte da Renascença como
sinal de seus poderes.
As 95 Teses do monge alemão Martinho Lutero que quebraram a
autocracia papal.
Durante esse período, a corrupção da Igreja Católica levou a
uma dura reação, na Reforma Protestante. E ela ganhou muitos seguidores,
especialmente entre príncipes e reis buscando um estado forte para acabar com a
influência da igreja católica. Figuras como Martinho Lutero começaram a surgir,
assim também como João Calvino com o seu Calvinismo que teve influência em
muitos países e o rei Henrique VIII da Inglaterra que rompeu com a igreja católica
e fundou a Igreja Anglicana. Essas divisões religiosas trouxeram uma onda de
guerras inspiradas e conduzidas religiosamente, mas também pela ambição dos
monarcas na Europa Ocidental que se tornavam cada vez mais centralizadas e
poderosas.
A reforma protestante também levou a um forte movimento
reformista na igreja católica chamada Contra-Reforma, que tinha como objectivo
reduzir a corrupção, assim como aumentar e fortalecer o dogma católico. Um
importante grupo da igreja católica que surgiu nessa época foram os Jesuítas,
que ajudaram a manter a Europa Oriental na linha católica de pensamento. Mesmo
assim, a igreja católica foi fortemente enfraquecida pela reforma e, grande
parte do continente não estava mais sob sua influência e os reis nos países que
continuaram no catolicismo começaram a anexar as terras da igreja para os seus
próprios domínios.
*A Era dos Descobrimentos
Réplica de caravela, utilizada a partir de meados do século
XV na exploração oceânica.
As numerosas guerras não impediram que os novos estados
explorassem e conquistassem largas porções do mundo, particularmente na Ásia
(Sibéria) e a recém-descoberta América. No século XV, Portugal liderou a
exploração geográfica, seguido pela Espanha no começo no século XVI. Eles foram
os primeiros estados a fundar colónias/colônias na América e estações de troca
nas costas da África e da Ásia, porém logo foram seguidos pela França,
Inglaterra e Holanda. Em 1552, o czar Russo Ivan, o Terrível conquistou os dois
maiores khanatos tártaros, Kazan e Astrakhan, e a viagem de Yermak em 1580, que
levou a anexação da Sibéria pela Rússia.
A expansão colonial prosseguiu-se nos anos seguintes (mesmo
com alguns empecilhos, como a Revolução Americana e as guerras pela
independência em muitas colónias americanas). A Espanha controlou parte da
América do Norte e grande parte da América Central e do Sul, as Caraíbas/o
Caribe e Filipinas.; Portugal teve em suas mãos o Brasil e a maior parte dos
territórios costeiros em África e na Ásia (Índia e pequenos territórios na China
etc); Os britânicos comandavam a Austrália, Nova Zelândia, maior parte da Índia
e grande parte da África e América do Norte; a França comandou partes do Canadá
e da Índia (porém quase tudo foi perdido para os britânicos em 1763), a
Indochina, grandes terras na África e Caribe; a Holanda ganhou as Índias
Orientais (hoje Indonésia) e algumas ilhas nas Caraíbas/no Caribe; países como
Alemanha, Bélgica, Itália e Rússia conquistaram colónias posteriormente.
Essa expansão ajudou a economia dos países que a fizeram. O
comércio prosperou, por causa da menor estabilidade entre os impérios. No final
do século XVI, a prata americana era responsável por 1/5 de todo o comércio da
Espanha. Os países europeus travaram guerras que foram pagas através do
dinheiro conseguido com a exploração das colónias/colônias. No entanto, os
lucros com o tráfico de escravos e as plantações das Índias Ocidentais, a mais
rentável das colônias britânicas naquele momento, representavam apenas 5% de
toda a economia do Império Britânico no final do século XVIII, tempo da
Revolução Industrial.
*Iluminismo
A Batalha de Nördlingen na Guerra dos trinta anos.
A partir do início deste período, o capitalismo substituía o
feudalismo como principal forma de organização económica, ao menos no oeste da
Europa. A expansão das fronteiras coloniais resultou numa Revolução Comercial.
Nota-se no período o crescimento da ciência moderna e a aplicação de suas
descobertas em melhorias tecnológicas, que culminaram com a revolução
Industrial. Descobertas ibéricas do Novo Mundo, que começaram com a jornada de
Cristóvão Colombo ao oeste com a busca de uma rota fácil para as Índias
Orientais em 1492, foram logo adaptadas por explorações inglesas e francesas na
América do Norte. Novas formas de comércio e a expansão dos horizontes fizeram
necessária uma mudança no direito internacional.
A reforma protestante produziu efeitos profundos na unidade
europeia. Não apenas dividindo as nações uma das outras pela sua orientação
religiosa, mas alguns estados foram afectados internamente por lutas
religiosas, fortemente encorajadas por seus inimigos externos. A França viveu
essa situação no século XVI com uma série de conflitos, como as guerras
religiosas na França, que culminaram no triunfo da Dinastia Bourbon. A
Inglaterra preveniu-se desse facto/fato com a consolidação sob a Rainha
Elizabeth do moderado Anglicanismo. Quase toda a parte da atual Alemanha estava
dividida em inúmeros estados sob o comando teórico do Sacro Império Romano
Germânico, que também estava dividido dentro do próprio governo. A única
exceção a isso era a Comunidade Polaco-Lituana, uma união criada pela União de
Lublin, expressando uma grande tolerância religiosa. Esse embate religioso
aconteceu até à Guerra dos Trinta Anos quando o nacionalismo substituiu a religião
como principal motor dos conflitos na europa.
A Guerra dos Trinta Anos aconteceu entre 1618 e 1648,
principalmente no território da atual Alemanha, e envolveu as principais
potências europeias. Começou como um conflito religioso entre Protestantes e
Católicos no Sacro Império Romano Germânico, e gradualmente desenvolveu-se numa
guerra geral, envolvendo boa parte da europa, por razões não necessariamente
ligadas à religião. O maior impacto da guerra, na qual exércitos de mercenários
foram largamente utilizados, foi a devastação de regiões inteiras na busca do
exército inimigo. Episódios como a disseminação da fome e das doenças
devastaram a população dos estados germânicos e, em menor grau, dos Países
Baixos e da Itália, onde levaram à falência muito dos poderes regionais
envolvidos. Entre um quarto e um terço da população alemã pereceu por causas
diretamente ligadas à guerra ou ainda de doenças e miséria causadas pelo
conflito armado. A guerra durou trinta anos, mas os conflitos que ela deu
início ainda continuaram sem solução por muito tempo.
Mapa da Europa em 1648, após o Tratado de Vestfália. A área
em cinza representa os Estados alemães do Sacro Império.
Depois da Paz de Vestfália, que permitiu aos países que eles
escolhessem a sua orientação religiosa, o Absolutismo tornou-se o padrão do
continente, enquanto a Inglaterra caminhava rumo ao liberalismo com a Guerra
Civil Inglesa e a Revolução Gloriosa. Os conflitos militares na europa não
acabaram, mas tiveram menos impacto na vida dos seus cidadãos. No noroeste, o
Iluminismo deu a base filosófica para um novo ponto de vista na sociedade, e a
contínua difusão da literatura foi possível com a invenção da prensa, criando
novas formas de avanço do pensamento humano. Ainda, nesse segmento, a Comunidade
Polaco-Lituana foi uma exceção, com a sua quase democrática "liberdade
dourada".
A Europa Oriental era uma arena de conflito disputada pela
Suécia, Comunidade Polaco-Lituana e Império Otomano. Nesse período observou-se
um gradual declínio destes três poderes que foram eventualmente substituídos
pelas novas monarquias absolutistas, Rússia, Prússia e Áustria.[42] Na virada
para o século XIX, eles tornaram-se as novas potências, dividindo a Polónia
entre si, com Suécia e Turquia perdendo territórios substanciais para a Rússia
e a Áustria respetivamente/respectivamente. Uma grande parte de judeus
polaco-poloneses emigrou para a Europa Ocidental, fundando comunidades judaicas
em lugares de onde foram expulsos durante a Idade Média.
*Idade Contemporânea
*Revoluções políticas
A tomada da Bastilha na Revolução Francesa em 1789.
A intervenção francesa na Guerra de Independência dos EUA
levou o estado francês à falência. Depois de diversas tentativas falhas de uma
reforma financeira, Luís XVI foi forçado a reavivar a Assembleia dos Estados
Gerais, um corpo representativo do país feito pelas três classes do estado: o
clero, os nobres e o povo. Os membros dos Estados-Gerais reuniram-se no Palácio
de Versalhes em maio de 1789, mas o debate e a forma de votação que seria usada
criaram um impasse. Veio junho, e o terceiro estado, associado a membros dos
dois outros estados, declarou-se uma Assembleia Nacional e prometeu não se
dissolver até que França tivesse uma constituição e criasse, em julho, uma
Assembleia Nacional Constituinte. No mesmo tempo, os parisienses revoltaram-se,
celebremente derrubando a prisão da Bastilha em 14 de julho de 1789.
Nesse tempo, a assembleia criou uma monarquia
constitucional, e nos dois anos que se passaram várias leis foram criadas como
a Declaração dos direitos do Homem e do Cidadão, a abolição do feudalismo e uma
mudança fundamental das relações entre a França e Roma. No início, o rei
continuou no trono ao longo dessas mudanças e gozou de uma popularidade
razoável com o povo, mas a anti-realeza crescia com o perigo de uma invasão
estrangeira. Então o rei, sem poderes, decidiu fugir com a sua família, mas ele
foi reconhecido de volta a Paris. Em 12 de janeiro de 1793, sendo condenada a
sua traição, ele foi executado.
Em 20 de setembro de 1792, a convenção nacional aboliu a
monarquia e declarou a França uma república. Devido à iminência das guerras, a
convenção nacional criou o Comitê de Salvação Pública controlado por Maximilien
Robespierre do Partido dos Jacobinos, para atuar como executivo do país. Sob
Robespierre o comitê iniciava o Reino do terror, no qual cerca de 40 000
pessoas foram executadas em Paris, nas maiorias nobres, apesar de,
frequentemente, faltarem evidências. Por todo o país, insurreições
contrarrevolução foram brutalmente reprimidas. O regime foi posto abaixo no
golpe de 9 Termidor (27 de Julho de 1794) e Robespierre foi executado. O regime
que se seguiu acabou com o Terror e afrouxou a maioria das regras extremas de
Robespierre.
A Batalha de Waterloo, onde Napoleão foi derrotado pelo
Duque de Wellington em 1815.
Napoleão Bonaparte foi o general francês que mais obteve
sucesso nas guerras da Revolução, tendo conquistado grandes porções da Itália e
forçado os austríacos à paz. Em 1799, retornou do Egito e em 18 de Brumário (9
de Novembro) subjugou o governo, substituindo-o pelo seu Consulado, do qual
tornou-se o primeiro Cônsul. Em 2 de Dezembro de 1804, depois duma tentativa de
assassinato, ele coroou-se imperador. Em 1805, Napoleão planeou invadir a
Grã-Bretanha, mas a recém-criada aliança entre britânicos, russos e austríacos
(Terceira Coalizão) forçou-o a direcionar a atenção para o continente, quando
ao mesmo tempo ele tinha falhado em desviar a Armada Superior Britânica para
longe do Canal da Mancha, ocasionando uma decisiva derrota francesa na batalha
de Trafalgar em 21 de outubro, e colocando um fim às suas esperanças de invadir
a Grã-Bretanha. Em 2 de dezembro de 1805, Napoleão derrotou o exército
austro-russo, numericamente superior, em Austerlitz, forçando a Áustria
desistir da coalizão e levando à fragmentação do Sacro Império Romano
Germânico. Em 1806, a Quarta coalizão foi formada; em 14 de Outubro Napoleão
derrotou os prussianos na Batalha de Jena-Auerstedt, marchando através da
Alemanha e derrotando os russos em 14 de junho de 1807 em Friedland. Os
Tratados de Tilsit dividiram a Europa entre França e Rússia e criaram o Ducado
de Varsóvia.
Em 12 de junho de 1812, Napoleão invadiu a Rússia com a sua
Grande A de aproximadamente 700 000 soldados. Após as vitórias em Smolensk e
Borodino, Napoleão ocupou Moscovis, apenas para encontrá-la queimada pelo
exército russo em retirada. Assim, ele foi forçado a bater com seu exército em
retirada. Na volta o seu exército foi arrasado pelos cossacos e sofreu de
doenças, fome e com o rigoroso inverno russo. Apenas 20 000 soldados
sobreviveram a essa campanha. Em 1813, começou o declínio de Napoleão, sendo
derrotado pelo Exército das Sete Nações na Batalha de Leipzig em outubro de
1813. Ele foi forçado a abdicar depois da Campanha dos Seis Dias e a ocupação
de Paris. Sob o Tratado de Fontainebleau ele foi exilado na Ilha de Elba.
Retornou à França em 1 de março de 1815 e convocou um exército leal, mas foi
compreensivelmente derrotado por forças britânicas e prussianas na Batalha de
Waterloo em 18 de junho de 1815.
*A formação das nações e dos impérios
Populares apoiando a Revolução de 1848 em Berlim.
Depois da derrota da revolucionária França, outras grandes
forças tentaram restaurar a situação existente antes de 1789. Em 1815, no
Congresso de Viena, as maiores forças da Europa organizaram-se para produzir um
pacífico equilíbrio de poder entre os impérios depois das Guerras Napoleónicas
(embora estivessem ocorrendo movimentos internos revolucionários) sob o sistema
de Matternich. Entretanto, os seus esforços foram incapazes de parar a
propagação de movimentos revolucionários: a classe média foi profundamente
influenciada pelos ideais de democracia da Revolução Francesa, a revolução
Industrial trouxe importantes mudanças socioeconômicas/econômicas, as classes
baixas começaram a ser influenciadas pelas ideias socialistas, comunistas e
anarquistas (especialmente unidas por Karl Marx no Manifesto Comunista), e a
preferência dos novos capitalistas era o liberalismo.
Em 1815, as fronteiras da Europa foram refeitas, quando as
suas raízes já haviam sido sacudidas pelos exércitos de Napoleão.
Uma nova onda de instabilidade veio da formação de diversos
movimentos nacionalistas (na Alemanha, Itália, Polônia, etc.), buscando uma unidade
nacional e/ou liberação do domínio estrangeiro. Como resultado, o período entre
1815 e 1871 foi palco de um grande número de conflitos e guerras de
independência. Napoleão III, sobrinho de Napoleão I, retornou do exílio na
Inglaterra em 1848 para ser eleito pelo parlamento francês, como o então
"Presidente-Príncipe" e num golpe de estado eleger-se imperador,
aprovado depois pela grande maioria do eleitorado francês. Ele ajudou na
unificação da Itália lutando contra o Império Austríaco e lutou a Guerra da
Crimeia com a Inglaterra e o Império Otomano contra a Rússia. Seu império ruiu
depois duma infame derrota para a Prússia, na qual ele foi capturado. A França
então se tornou uma fraca república que se recusava a negociar e foi derrotada
pela Prússia em poucos meses. Em Versalhes, o Rei Guilherme I da Prússia foi
proclamado Imperador da Alemanha e a Alemanha moderna nasceu. Mesmo que a
maioria dos revolucionários tenha sido derrotada, muitos estados europeus
tornaram-se monarquias constitucionais, e em 1871 Alemanha e Itália se
desenvolveram em estados-nação. Foi no século XIX também que se observou o
Império Britânico emergir como o primeiro poder global do mundo devido, em
grande parte, à Revolução Industrial e a vitória nas Guerras Napoleónicas.
A paz iria apenas durar até que o Império Otomano declinasse
suficientemente para se tornar alvo de outros. Isso incitou a Guerra da Crimeia
em 1854, e começou um tenso período de pequenos conflitos entre as nações
dominantes da Europa que deram o primeiro passo para a posterior Primeira
Guerra Mundial. Isso mudou uma terceira vez com o fim de várias guerras que
transformaram o Reino da Sardenha e o Reino da Prússia nas nações da Itália e
da Alemanha, mudando significativamente o balanço do poder na Europa. A partir
de 1870, a hegemonia Bismarquiana na Europa pôs a França em uma situação
crítica. Ela devagar reconstruiu suas relações internacionais, buscando
alianças com a Grã-Bretanha e Rússia, para controlar o crescente poder da
Alemanha sobre a Europa. Desse modo, dois lados opostos se formaram na Europa,
incrementando suas forças militares e suas alianças ano a ano.
*Revolução Industrial
A Revolução Industrial iniciou-se na Grã-Bretanha.
A Revolução Industrial foi um período compreendido entre o
fim do século XVIII e o começo do século XIX, no qual ocorreram grandes
mudanças na agricultura, manufatura e transporte e foi produzido um profundo
efeito socioeconómico/socioeconômico e cultural na Grã-Bretanha, que
posteriormente se espalhou por toda a Europa, América do Norte, e depois para
todo o mundo, num processo que ainda continua: a Industrialização. Na parte
final dos anos de 1700 a economia baseada na força manual no Reino da
Grã-Bretanha começou a ser substituída por outra dominada pela indústria e pelas
máquinas. Começou com a mecanização das indústrias têxteis, o desenvolvimento
de técnicas avançadas de produção de ferro e o aumento do uso de carvão
refinado. A expansão do comércio foi possibilitada com a introdução de canais,
rodovias e auto-estradas. A introdução das máquinas a vapor (abastecidas
primeiramente com carvão) e maquinaria bruta (principalmente na manufatura
têxtil) deram a base para grandes aumentos na capacidade produtiva inglesa. O
desenvolvimento de máquinas de ferramentas nas duas primeiras décadas do século
XIX facilitou a produção de mais máquinas para serem utilizadas noutras
indústrias. Durante o século XIX, a industrialização se alastrou pelo resto da
Europa Ocidental e América do Norte, afetando posteriormente grande parte do
mundo.
*Guerras mundiais
Alianças militares europeias durante a Primeira Guerra
Mundial.
Depois da relativa paz na maior parte do século XIX, a
rivalidade entre as potências europeias explodiu em 1914, quando a Primeira
Guerra Mundial começou. Mais de 60 milhões de soldados europeus foram
mobilizados entre 1914 e 1918. De um lado estavam Alemanha, Áustria-Hungria, o
Império Otomano e a Bulgária (Poderes Centrais/Tríplice Aliança), enquanto que
no outro lado estavam a Sérvia e a Tríplice Entente – a elástica coligação
entre França, Reino Unido e Rússia, que ganhou a participação da Itália em 1915
e dos Estados Unidos em 1917. Embora a Rússia tenha sido derrotada em 1917 (a
guerra foi uma das maiores causas da Revolução Russa, levando à formação da
comunista União Soviética), a Entente finalmente prevaleceu no outono de 1918.
No Tratado de Versalhes (1919) os vencedores impuseram
severas condições à Alemanha e aos novos estados reconhecidos (tais como
Polónia, Checoslováquia, Hungria, Áustria, Jugoslávia, Finlândia, Estónia,
Letónia, Lituânia) criados na Europa Central a partir dos extintos impérios
Alemã, Austro-húngara e Russo, supostamente na base da auto definição. A
maioria desses países entraria em guerras locais, sendo a maior delas a Guerra
Polaco-Soviética (1919-1921). Nas décadas seguintes, o medo do comunismo e a
Grande Depressão (1929-1943) levaram grupos extremistas nacionalistas - sob a
categoria do fascismo – na Itália (1922), Alemanha (1933), Espanha (depois da
guerra civil, terminada em 1939) e em outros países como a Hungria.
Hitler e Mussolini formaram o Pacto do Eixo e dominaram a
maior parte da Europa na fase inicial da Segunda Guerra Mundial.
Depois de aliar-se com a Itália de Mussolini no Pacto de Aço
e assinar o pacto de não agressão com a União Soviética, o ditador alemão Adolf
Hitler começou a Segunda Guerra Mundial em 1° de Setembro de 1939 invadindo a
Polónia, depois de uma expansão militar ocorrida no final da década de 1930.
Após sucessos iniciais (principalmente a conquista do oeste da Polónia/Polônia,
grande parte da Escandinávia, França e os Balcãs antes de 1941), as forças do
Eixo começaram a enfraquecer-se em 1941. Os principais oponentes ideológicos de
Hitler eram os comunistas da Rússia, mas por causa da falha alemã em derrotar o
Reino Unido e das falhas italianas no norte da África e no Mediterrâneo, as
forças do Eixo se resumiram à Europa Ocidental, Escandinávia, além de ataques a
África. O ataque feito posteriormente à União Soviética (que junto com a
Alemanha dividiu a Europa central em 1939-1940) não foi feito com a força
necessária. Apesar de um sucesso inicial, o exército alemão foi parado perto de
Moscovo em dezembro de 1941.
Apenas no ano seguinte é que o avanço alemão seria parado e
eles começariam a sofrer uma série de derrotas, como por exemplo, nas batalhas
de Stalingrado e Kursk. Nesse ínterim, o Japão (aliado de Alemanha e Itália
desde setembro de 1940) atacou os britânicos no Sudeste Asiático e os Estados
Unidos no Havaí em 7 de Dezembro de 1941; a Alemanha então completou a sua
expansão declarando guerra aos Estados Unidos. A guerra aumentou a tensão entre
o Eixo (Alemanha, Itália e Japão) e os Aliados (Reino Unido, União Soviética e
os Estados Unidos). As forças Aliadas venceram no norte da África e invadiram a
Itália em 1943, e a ocupada França em 1944. Na primavera de 1945, a Alemanha
foi invadida pelo leste pela União Soviética e pelo oeste pelos Aliados; Hitler
cometeu suicídio e a Alemanha se rendeu no começo de maio acabando com a guerra
na Europa.
O período foi marcado também por um industrializado e
planeado genocídio de mais de 11 milhões de pessoas, incluindo a maioria dos
judeus da Europa e ciganos, assim como milhões de polacos e eslavos soviéticos.
O sistema soviético de trabalho forçado, as expulsões da população da União
Soviética e a grande fome da Ucrânia tiveram semelhante carga de mortes.
Durante e depois da guerra, milhões de civis foram afetados pelas forçadas
transferências da população.
*Guerra Fria
Alemães em pé em cima do Muro de Berlim em 1989, ele
começaria a ser destruído no dia seguinte.
A Primeira e especialmente a Segunda Guerra Mundial acabaram
com a preponderante posição da Europa Ocidental. O mapa do continente foi
redesenhado na Conferência de Yalta e dividido se tornou a principal zona de
contenção na Guerra Fria entre dois blocos, os países ocidentais e o bloco
Oriental. Os Estados Unidos e a Europa Ocidental (Reino Unido, França, Itália,
Países Baixos, Alemanha Ocidental, etc.) estabeleceram a aliança da OTAN como
proteção contra uma possível invasão soviética. Depois, a União Soviética e o
Leste Europeu (Polónia, Checoslováquia, Hungria, Roménia, Bulgária e Alemanha
Oriental) estabeleceram o Pacto de Varsóvia como proteção contra uma possível
invasão dos Estados Unidos.
Na mesma época, a Europa Ocidental lentamente começou um
processo de integração política e económica/econômica, desejando um continente
unido e integrado para prevenir outra guerra. Esse processo resultou
naturalmente no desenvolvimento de organizações como a União Europeia e o
Conselho da Europa. O movimento Solida-nos que aconteceu na década de 1980
enfraqueceu o governo comunista na Polônia, foi o começo do fim do domínio
comunista na Europa Oriental e o declínio da União Soviética. O líder soviético
Mikhail Gorbachev instituiu a Perestroika e a Glasnost, que enfraqueceram
oficialmente a influência soviética na Europa Oriental. Os governos que davam
suporte aos soviéticos entraram em colapso e a Alemanha Ocidental anexou a
Oriental em 1990. Em 1991, a própria União Soviética ruiu, dividindo-se em 15
estados, com a Rússia tomando o lugar da União Soviética no Conselho de
Segurança da ONU. Entretanto, a separação mais violenta aconteceu na
Jugoslávia, nos Bálcãs. Quatro (Eslovénia, Croácia, Bósnia e Herzegóvina e
Macedónia/Macedônia) das seis repúblicas jugoslavas declararam independência e
para a maioria delas uma violenta guerra se seguiu, em algumas partes até 1995.
Em 2006, Montenegro se separou e declarou independência, seguido por Kosovo,
formalmente uma província autónoma/autônoma da Sérvia, em 2008, e
descaracterizando completamente o antigo mapa da Jugoslávia/Iugoslávia. Na era
pós-guerra fria OTAN e a União Europeia foram gradualmente admitindo a maioria
dos antigos estados membros do Pacto de Varsóvia.
*Reunificação e integração
O Tratado de Roma foi assinado em 1957, entrou em vigor em
1958 e criou a Comunidade Económica Europeia.
Em 1992, o Tratado de Maastricht foi assinado pelos então
membros da União Europeia. Isso transformou o "Projeto Europeu" de
ser uma comunidade económica/econômica com certos aspectos políticos, numa
união com uma intensa cooperação e prosperidade baseada numa união de soberanias
nacionais.Em 1985, o Acordo de Schengen já havia uma área sem fronteiras e sem
controle de passaporte entre os estados que o assinaram.
Uma moeda comum para a maioria dos estados membros da União
Europeia, o euro, foi estabelecida eletronicamente em 1999, oficialmente
partilhando todas as moedas de cada participante com os outros. A nova moeda
foi posta em circulação em 2002 e as velhas foram retiradas dos mercados.
Apenas três países dos quinze Estados-membros decidiram não aderir ao euro
(Reino Unido, Dinamarca e Suécia). Em 2004, a UE deu ordem à sua maior
expansão, admitindo 10 novos membros (oito dos quais antigos estados
comunistas). Outros dois ingressaram no grupo em 2007, num total de 27 nações.
Um tratado estabelecendo uma constituição para a UE foi
assinado em Roma em 2004, com a intenção de substituir todos os antigos
tratados com apenas um só documento. Entretanto, a sua ratificação nunca foi
feita devido à rejeição de franceses e holandeses via referendo. Em 2007,
concordou-se em substituir aquela proposta com um novo tratado reformado, o
Tratado de Lisboa, que iria entrar como uma emenda em vez de substituir os
tratados existentes. Esse tratado foi assinado em 13 de dezembro de 2007, e vai
entrar em vigor em janeiro de 2009, se ratificado até essa data. Isso dará a
União Europeia seu primeiro presidente permanente e ministro de relações
exteriores.
Os Bálcãs são a parte da Europa que mais deseja aderir à
União Europeia, com a Croácia notadamente esperando ser aceite antes de 2010.
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
ALEM DESSES FATOS TODOS A EUROPA É UM DOS MARCOS DA ECONOMIA MUNDUIA,QUE INFLUENCIA NAO SO A CULTURA DE SEU PAÍS,MAS TAMBÉM INFLUENCIA NA CULTURA E NA ECONOMIA DO MUNDO TUDO.
Origem desse Penssamento: Douglas Edson